Azáfama; grande atividade; agitação; rebuliço.

30
Ago 12

 
Sinopse
Henry Miller dizia que O Colosso de Maroussi era o seu melhor livro. Seduzido pelas descrições da Grécia, Miller parte com o seu amigo Lawrence Durrell à descoberta do interior daquele país. Entre dias ao relento na praia, atropelados por rebanhos de ovelhas, noites em pensões decadentes mas carregadas de história, em aldeias com um único forno para toda a população, e peregrinações à Acrópole de Atenas, Miller descobriu na Grécia o sentido da civilização

 

Excerto
«Eu tinha caminhado com os olhos vendados, em passos cambaleantes, hesitantes; era orgulhoso, arrogante, satisfeito com a vida falsa e limitada de homem da cidade; a luz da Grécia abriu-me os olhos, penetrou os meus poros, fez todo o meu corpo dilatar-se. Descobri a minha pátria.»
 
retirado de www.wook.pt
publicado por polvorosa às 22:29
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14
Abr 12
 
 
Os livros escolares vão aumentar 2,6% no próximo ano letivo, admitiu o vice-presidente da Associação de Editores e Livreiros, Miguel Freitas da Costa, citado pela TSF.

A subida é, ainda assim, inferior à inflação prevista para este ano de 3,2%.

O responsável afirmou ainda que o preço dos manuais vai subir todos os anos até ao final do programa de ajustamento financeira, ou seja, até 2014.

Freitas da Costa referiu que os editores não tiveram alternativa em relação ao aumento, recomendando as famílias a procurar outras soluções para adquirir os livros escolares.

 

Visto no jornal eletrónico Dinheiro Vivo.

publicado por polvorosa às 13:12
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14
Jan 12
capa

 

Este livro é uma reflexão sobre a autonomia da pessoa portadora de deficiência física e as suas limitações, e pretende mostrar que apesar dessas limitações, a pessoa deficiente física pode ser autónoma e reunir condições para usufruir de uma boa saúde mental. A relevância deste livro é mais enriquecedora através dos três testemunhos que descrevem na primeira pessoa o que sentiram e sentem em relação à sua maneira condicionada de estar na vida, pela coragem de se exporem no reconhecimento de outros deficientes motores, e que passo a apresentar:

 

- A Ana nasceu com espinha bífida e quando a conheci, no Outono de 2010, doente no centro de saúde, apresentou-me ao esposo e mostrou-me o enorme desejo de engravidar! E o que parecia impossível acabou por acontecer! A sua tenacidade e coragem permitiram que pudesse fazer nascer uma menina linda e saudável, para cuidar e reforçar a sua felicidade.

- O Francisco foi um lutador que sofreu um acidente de viação de motorizada quando tinha vinte anos de idade, tendo ficado paraplégico. Veio a falecer com 40 e depois de muita coragem, luta e sofrimento. De salientar o facto de que o seu testemunho está exactamente descrito com as mesmas palavras que escreveu nas folhas de papel que me deu e pediu que as divulgasse, já bastante doente, pouco antes de falecer!

- O Rui “um gajo maluco” como o define Isabel quando escreveu a sua biografia em Junho de 2010, que depois de voar pelo mundo ficou paraplégico devido a uma queda do pára-quedas! Actualmente, demonstra a sua coragem como instrutor de paraquedismo, dedica-se à fotografia, com trabalhos para famosos, é completamente autónomo, conduz a sua “bomba”, vive sozinho por opção e luta diariamente “por aquilo a que tem direito”. De ser feliz!

 

Termino a apresentação deste livro com as palavras do meu colega e amigo Hélder Marques que escreveu o prefácio “…As vidas aqui contadas, da Ana, do Francisco e do Rui, são um exemplo de luta pela aquisição de condições de acesso ao espaço comum da vida na sociedade. De sofrimento, mas também de vitórias, como acontece com qualquer pessoa, porque eles são como qualquer pessoa, especiais e únicos. “

 

Celeste Gomes

 

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Retirado do site do Registo. 
publicado por polvorosa às 10:48
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21
Out 11

 

Detesto cada vez mais esses programas televisivos da treta, refiro-me à casa dos segredos, a quinta das celebridades, o não sei quê da selva, o big brother, etc., merdices que não têm conteúdo, só farsas e encenações, actores sem qualidade. A partir do próximo Domingo as previsões meteorológicas prevêm chuva, nada melhor do que ficar em casa a ler um livro. Recomendo o livro "Mil novecentos e oitenta e quatro" de George Orwell escrito em 1948. É curioso porque este livro criticou profundamente o stalinismo e foi invocado por ideólogos democratas, porém, actualmente as democracias capitalistas usam precisamente muitos daqueles sistemas de fiscalização baseados na electrónica, tanto nos sistemas de trabalho como inclusivamente no próprio lazer.

O Big Brother é hoje muito real, está actualmente presente no espaço e no tempo nas sociedades modernas. Sugiro a leitura do livro em que a personagem de Winston Smith falsifica literatura para dar sempre razão ao governo, até desiludir-se com o sistema e iniciar uma autêntica revolução contra o sistema que integrava. 

Quem preferir o cinema, existe uma adaptação desta obra, lançada em 1984, por Michael Radford e interpretada por John Hurt e por Richard Burton.  

publicado por polvorosa às 22:54
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31
Ago 11

 

Outra sugestão para leitura neste Verão irregular é a obra-prima "Lolita" de Vladimir Nabokov. Este livro foi publicado em 1955 e provocou um grande escândalo na altura já que trata de uma relação entre um homem maduro e uma adolescente provocante. O livro é de uma beleza rara e bastante divertido. A obra foi adaptado duas vezes para cinema, Stanley Kubrick em 1962 e Adrien Lyne em 1997, boas opções para quem aprecia a sétima arte.   

publicado por polvorosa às 14:57
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03
Ago 11

 

O Livro Cem Anos de Solidão faz parte das minhas leituras de verão. Esta obra de Gabriel García Márquez (Prémio Nobel da Literatura em 1982) é considerada uma mais importantes da literatura Latino-Americana.

Estou quase a terminar a leitura deste livro e a decifrar o mistério da família de José Arcadio Buendía e Úrsula Iguarán na Aldeia de Macondo.

Recomendo vivamente a quem ainda não leu.

publicado por polvorosa às 22:08
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02
Nov 10

 

Depois do livro "Andanças para a Liberdade", Camilo Mortágua tem um novo livro, este chama-se "Tem coisas, ti Manel, tem coisas" (Esfera do Caos Editores), vai ser apresentado a 30 de Novembro em Lisboa. Numa fase particularmente conturbada nacional, mas ainda mais internacionalmente, com previsível agitação social, deixo a sugestão de leitura destes livros de um revolucionário que fez frente à ditadura durante o Estado Novo.

Para quem aprecia mais a sétima arte, sugiro uma ida ao Cine-teatro Vianense na próxima 6.ª feira para ver o filme "Assalto ao Santa Maria" realizado por Francisco Manso.

publicado por polvorosa às 13:43
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31
Jul 09

"O pátio em questão ficava nas traseiras de um pequeno prédio de rés-do-chão e águas furtadas, quatro a cinco metros abaixo do nível da rua, cercado por um muro que impedia, a quem nele estivesse, de ver para além do espaço que vedava. Para poder ver para além do muro, era necessário subir pelo menos até meio da escada que dava para a rua.

Essa minha primeira descida para o pátio, sempre a considerei a minha primeira descida ao inferno, ou a minha primeira entrada no mundo dos mortos-vivos, como se Orfeu e Aristeu, numa só pessoa, sem o saber, ali tivessem encontrado Eurídice, aquela por quem, a partir de então, me bateria, aquela que, ao contrário da outra da lenda, me resgataria do subterrâneo da vida, do limbo social, para a luz do Sol e da Liberdade.

A minha Eurídice, ali e então revelada, ainda se chama consciência de classe. Ali aprendi a conhecer profundamente as razões da minha assumida e inevitável paixão pela Liberdade. A paixão de lutar pela vida entre os vivos, à luz do sol, em favor dos da minha condição.

Ali, a quatro ou cinco metros abaixo do nível das ruas e das casas onde viviam aqueles que eram considerados “pessoas”; sem água corrente, nem luz, nem esgotos; ali, onde era necessário ter bons rins para enfiar o cu em semicúpio na retrete suspensa e entalada lá no alto, ao nível da rua; ali, onde se escondiam sete famílias em 120 a 140 metros quadrados, entre as quais ainda existiam abissais diferenças de cultura e de condições económicas; ali, daquele pátio que nos colava à pele o estigma da não existência social, afugentando do nosso convívio quem ali não pertencesse (como se leprosos fôssemos); ali, repito, no dia-a-dia da vergonha que sentíamos nos outros pela nossa presença, fui forjando os mecanismos das minhas futuras opções.

Razão tinha Braudel ao afirmar que “é nas ‘caves’ do tecido social, na humidade dos espaços térreos, que nascem as raízes das grandes transformações sociais.

A aldeia e as brincadeiras de infância, o respeito que sentimos por nós próprios quando os outros nos respeitam, o genuíno e puro das relações desinteressadas, o esvoaçar das estrelas e papagaios de papel ao vento das marinhas, as primeiras ingénuas descobertas sentimentais, a segurança no mundo conhecido, tudo isso desapareceu ao descer ao Pátio do 26 da Rua Luís Monteiro.

Impacto mais desolador, porque o meu sonho sobre a longínqua capital, sobre a terra de onde vinha o pão de trigo, era um sonho impreciso, mas repleto de belas imagens.

Lá na aldeia eu era: o Come e Cala, o Batata, o menino Camilo, o menino dos Salça; de repente, senti-me ninguém… senti-me remetido à condição dos que não contam!

Os anos que passei naquele espaço térreo construíram em mim certezas inabaláveis, convicções mais fortes e duradouras que as que me foram dadas através das leituras feitas ao longo da vida.

O dia-a-dia da família – eu, meus pais e minhas duas irmãs, vivendo em dois compartimentos de alguns nove metros quadrados cada – exercia sobre nós pressões contraditórias mas intensas. A exagerada densidade demográfica do nosso espaço habitável impelia por um lado a uma exagerada intimidade física provocadora de atritos comportamentais e, por outro, exigia uma grande coesão sem a qual a vida se tornava impossível."

 

MORTÁGUA, Camilo (2009) Andanças para a Liberdade

publicado por polvorosa às 18:21
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23
Jun 09

"Ora isto, só poderá realizá-lo em plena pureza o homem que, na medida das suas forças, for ao encontro de cada um dos seres exclusivamente pela via do pensamento, abstraindo dele o recurso à vista ou a qualquer outro dos sentidos, e sem arrastar nenhum deles atrás da razão: que utilizando apenas o pensamento em si mesmo, sem mistura, se lançar na caça de cada uma das realidades em si mesmas e sem mistura, liberto até onde lhe for possível dos olhos, dos ouvidos, numa palavra, de todo o corpo - ciente de quanto este perturba a alma e a impede de adquirir verdade e sabedoria, quando ambos se associam. Ou não te parece, Símias, que, se alguém existe com possibilidade de atingir o real, é este mesmo?"

Platão. Fédon

publicado por polvorosa às 23:37
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17
Abr 09

 

"Bratby was referred to as a Kitchen Sink School artist because of his interest in domestic settings. Social Realism is characterised by its refusal to idealise or flatter its subject matter and by a determination to find the real in the mundane, the dirty and the depressing. Here, Bratby shows a typical scene from British life in the 50's, giving the viewer a look at a working class, outside toilet from the perspective of someone about to use it or clean it. Most art buyers in the 50's would have enjoyed inside toilets. This work might have reminded them that, on the physical level, if not on the social, we are all equal."

 

LITTLE, Stephen  (2004) Isms: Understanding Art

 


 

Correio recebido

 

publicado por polvorosa às 19:14

29
Mar 09

"A loucura e a dor,

é uma simbiose

simbioticamente intelectual.

 

A loucura, a dor, o sofrer e a natureza:

são componentes extremamente humanos,

para uma composição

homogeneamente humana.

 

A profundidade do homem,

é a superfície da natureza".

 

SILVA, Gualter (2008) (In)congruentemente poético

publicado por polvorosa às 19:02
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12
Nov 08

"Era impossível dizer como aquilo aconteceu no terceiro mês da doença de Ivan Ilitch, porque aconteceu aos poucos, imperceptivelmente, mas a mulher, e a filha, e o filho, e os criados, os conhecidos, os médicos, e, principalmente, ele próprio, sabiam que todo o interesse que ele representava para os outros estava apenas em saber se iria finalmente em breve deixar o seu lugar vago, se livraria os vivos do incómodo que representava a sua presença e se libertaria a si próprio dos seus sofrimentos".

TOLSTOI, Lev (1886) A Morte de Ivan Ilitch

publicado por polvorosa às 21:30
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