Terceiro erro capital. A vertigem das Obras.
Esta equipa que está na Câmara não se consegue adaptar à realidade actual, passaram três anos e quatro meses desde as eleições autárquicas de 2005, desde aí o panorama mundial e local mudou muito, o cenário económico e social nessa altura era completamente diferente.
Não é compreensível esta inflexibilidade em se adaptar aos dias correntes e à nossa actual realidade, para novos problemas é necessário novas soluções. Por exemplo, em Aguiar faz sentido fazer uma estúpida obra de sanitários públicos a pouco mais de 50 metros de uns já existentes? Esbanjar 15.000 euros na duplicação de um equipamento que já existe num local tão próximo não faz qualquer sentido. Pergunto qual é o custo-benefício de um mamarracho desses? Mais do mesmo.
Vai-se gastar 2.700.000 euros das Piscinas de Alcáçovas, mais não sei quantos milhares de euros da Cobertura das Piscinas de Viana do Alentejo, pergunto se não seria melhor canalizar essas verbas, a que se somam outras, para apoio real à economia no concelho ou para apoiar a população em sérias dificuldades sociais e económicas?
Agora vão fazer umas obras à pressa como é a recuperação do centro histórico, mas já se percebeu que não lhes interessa resolver as questões de fundo, a rede de água, esgotos e cabos eléctricos não vão ser alvo de intervenção quando o deviam ser efectivamente. Remenda-se aqui e ali, fazem-se umas coisas para inaugurar à pressa e sair no Boletim Municipal antes das eleições locais deste ano para ir buscar mais uns votos. A Câmara anuncia as obras e faz grande alarido através da sua publicidade, mas sem dinheiro e sem ter a certeza se haverá financiamento, é assim com o Pavilhão de Aguiar e é assim com o Centro Escolar de Viana do Alentejo.
À boa maneira portuguesa, compra-se, depois logo se vê quem paga, mas uma coisa é certa, não há almoços grátis e deixa-se a factura para quem vem a seguir, mesmo que isso comprometa um futuro sustentável para as posteriores gerações. Não existe uma noção clara dos investimentos prioritários porque não existe participação dos cidadãos, as decisões são tomadas nos gabinetes em função de interesses pessoais, da espuma dos dias, dos interesses pessoais de alguns, com as conveniências políticas de quem quer perpetuar a cadeira do poder desbaratando os recursos dos nossos impostos. Nos próximos tempos, o endividamento dos cidadãos do concelho de Viana do Alentejo vai crescer abruptamente e as obras escolhidas por um directório político não vão gerar qualquer valor acrescentado nem riqueza para o concelho, lamentavelmente.