Car@s,
Alguns destes comentários vêm dar total razão ao supra-mencionado. Só mesmo alguém completamente desatento não percebe o mal-estar vigente neste nosso concelho, bem como a degradação no diálogo entre entidades competentes, públicas e privadas.
Este post veio chamar a atenção dos leitores para a desconfiança entre os cidadãos e os eleitos, porquê? Coloca a nu a dificuldade dos eleitos (não é só a nível local que isto acontece) de manterem uma atitude pro-activa de cooperação com outros organismos ou organizações, sejam públicos ou privados, neste caso fica evidente a incapacidade dos eleitos manterem uma parceria estratégica com as Escolas para diagnosticarem os problemas e causas para em seguida elaborarem em conjunto uma estratégia de combate aos problemas através de medidas e metas concretas, seguidas de um sistema de monitorização e avaliação. Mas não, admiravelmente assistimos a uma política de apontar o dedo para os outros e depois são sempre os outros que estão mal, a autarquia nunca erra! Isto aplica-se à educação, à saúde, ao emprego, às políticas sociais, às obras e transportes, etc.
Depois a culpa é da Refer, as Estradas de Portugal, do Centro de Saúde, da Escola Isidoro de Sousa, o Ministério de Educação e até o Director de Escola (que acho que ainda nem existe)!! Aqui está o cerne da questão e demonstra que alguns não compreenderam nada do que foi escrito porque estão obsecados. Fala-se na Câmara não porque seja directamente o responsável pelas coisas negativas que acontecem mas porque não transmite aos cidadãos as decisões e os procedimentos administrativos que devia dar informação. Sente-se uma dificuldade incompreensível no trabalho em parceria por intermédio de uma co-responsabilização entre os vários agentes onde se inclui inevitavelmente a Câmara pelo fundamental papel que deveria ter.
Como é claro, pessoas tal como eu sentimos uma fragilidade muito grande porque temos a percepção que esta postura da Câmara em tentar "passar entre os pingos da chuva" não é benéfica para o desenvolvimento e para o bem-estar dos cidadãos que gostam de pensar pela sua cabeça e detestam actos de pavoneamento político e propaganda barata que nos custa muito dinheiro enquanto contribuintes.
De uma forma simples, a questão central é sabermos se podemos confiar nos eleitos, por exemplo, o que foi feito junto da REFER para evitar aquelas situações trágicas? Junto das Escolas e no seguimento da Carta Educativa o que está/vai ser feito para combater o descalabro? O que foi feito junto da DREA para fazer actividades extracurriculares no 1.º ciclo em Aguiar? Qual a explicação para eventuais problemas ou não em concursos públicos? E a lista poder-se-ia alongar, mas no fundo para dizer que a informação da Câmara não está a passar e são coisas demasiado importantes para se fazer tábua rasa, os cidadãos têm o direito e a necessidade de explicações, ou não?
Portanto, a meu ver, noto nos eleitos locais da CDU uma incapacidade para manter um diálogo eficaz, a dificuldade em transmitir informação, a assumpção de responsabilidades e ter uma visão estratégica para o futuro para as pessoas e para o território, onde as organizações do território sejam parte da solução e não parte do problema, seja na educação, na saúde, nas estradas, etc.
Por fim, alguns comentários aburdos não me dizem absolutamente nada, a não ser darem-me razão num ponto, não deviam vir para aqui lavar roupa chuva, se fossem mais responsáveis, esses pseudo-comentadores usavam a energia para uma atitude mais construtiva, talvez construíndo um blogue adequado. No fundo é isso que se pede às pessoas ligadas à CDU com responsabilidades políticas em Viana, tentar manter uma postura séria, não ser mal educado, tentar construir uma forma digna de fazer política, debate e alguma honestidade intelectual se possível, podia ser um bom contributo para evitar que a culpa morresse solteira.
Para ler mais sobre a Lei de Finanças Locais, Obras Públicas e Viana do Alentejo sugiro
http://polvorosa.blogs.sapo.pt/34764.html#comentariosCumprimentos.