Azáfama; grande atividade; agitação; rebuliço.

03
Out 08

Na passada quarta-feira, a R.T.P. colocou no ar a "Grande Reportagem" com o título "Viver com 400 euros". Esta peça jornalística deu a conhecer a D.ª Olga e o filho Zézinho. Esta família não vive, apenas sobrevive com uma quantia ridícula de 400 euros por mês para fazer frente ao galopante custo de vida português, ela ganha pouco mais de 2 euros por hora para trabalho em apoio domiciliário.

 
O filho não tem ocupação de tempos livre, é em muitos casos impossível comprar medicamentos, comprar peixe ou carne é um martírio, andar em transportes públicos uma dor de cabeça, férias uma ilusão.
Não podemos pactuarmos com este tipo de situações e meu Deus, são tantas e tantas as famílias nestas condições. Para perpetuar estas situações há depois o inverso que promove a grande desigualdade de rendimentos, eles são os gestores, os administradores, os políticos, os futebolistas, os jetsetsvips nacionais.
Esta reportagem da estação pública de televisão teve um mérito, gerou uma enorme onda de solidariedade dos telespectadores, uns ofereceram logo prática desportiva ao miúdo, outros transporte, outros casa para passar uns dias de férias, etc.
 
É bom saber que a sociedade portuguesa está atenta a estes casos denunciados pela televisão pública, mas a maior parte do tempo as televisões estão a brindar-nos com programas da treta e o mais grave de tudo é mantermos um estado assistencialista e não um verdadeiro estado-providência onde se considerem as pessoas como verdadeiros cidadãos com deveres mas também com direitos, não podemos ser sempre fortes com os fracos e fracos com os fortes. Quem não conhece pessoalmente uma Dona Olga? 
Aqui pode visualizar a reportagem.
publicado por polvorosa às 21:51

Ainda hoje comentei sobre essa reportagem com alguém. Fiquei admirada com a maneira como ela estica o dinheiro, é impossivel alguém viver com algum desafogo com 400€ por mês. Vejo isso pela maneira como o dinheiro que a minha mãe ganha no trabalho ganha asas. Saí tão rápido como entrou. E ainda fiquei mais chocada pelo facto de a D. Olga ser uma pessoa inteligente e que sabe o que é certo, mas simplesmente não pode ser mais nada pelo filho.
Pelo menos há sempre alguém disposto a ajudar depois de saber de uma coisa destas. Como escreveu aqui, 'Quem não conhece pessoalmente uma Dona Olga?'
Just_Smile a 3 de Outubro de 2008 às 22:07

Olá Just Smile.
Muito obrigado pelo simpático comentário. Gostei muito de ler a história em evolução em http://umnovopais.blogs.sapo.pt/2008/07/
Acho que vais ter um futuro muito risonho. Não percas essa alegria de viver e fazer solidariedade quotidianamente pelas outras pessoas, povos e civilizações.
Espero que possas cumprir o sonho de fazer voluntariado em África, toda a ajuda nunca é demais.
Muitas felicidades.
polvorosa a 4 de Outubro de 2008 às 15:29

Que grande reportagem.
Como o meu amigo diz "Quem não conhece uma Dona Olga" eu acrescento, a grande maioria de nós ou já é, ou não demora muito a ser.
Um Abraço e continue.
José Luís Rocha


José Rocha a 4 de Outubro de 2008 às 10:31

Caro José Luís,
Realmente o serviço público de televisão tem feito um bom trabalho jornalístico, apesar das críticas à ERC sobre o tempo de antena dedicado aos partidos políticos, à instrumentalização da RTP pelo governo, pessoalmente, acho estraordinário os documentários, reportagens (esta foi mais uma), transmissão de concertos musicais e séries pela RTP.
Quanto ao país vemos a situação deteriorar-se com os pobres cada vez mais pobre e os ricos cada vez mais ricos, a justiça a duas velocidades, a desigualdade nos rendimentos e a pobreza persistente.
Na minha opinião o Estado não pode desresponsabilizar-se e liberalizar indiscriminadamente os seus serviços, sob pena de serem sempre os mesmos a pagar as facturas.
Aquele abraço.

polvorosa a 4 de Outubro de 2008 às 15:35

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