Hoje foi apresentado um estudo da O.C.D.E. denominado “Estudo Territorial de Portugal”. Diz que apesar de ter havido alguns progressos existem grandes assimetrias regionais. Nós que estamos no Alentejo sentimos isso na pele diariamente, os estudos dão razão ao nosso pessimismo e condenam a política do betão.
Na minha opinião estes são os principais domínios de Prioridade do Planeamento Regional em Portugal:
1º Construção de infra-estruturas estratégicas para o Ordenamento do Território. Dotar o território de estruturas para o suporte à Competitividade Empresarial.
2º Política Regional que valorize o sistema Urbano. A Cidade tem o papel de espaço de polarização da vida económica e social. O sistema urbano é diversificado. Valorizar a Rede de Cidades de Pequena e Média dimensão para aquisição de Massa Crítica. Ligação entre Espaços Urbanos e Espaços Rurais. Por exemplo, Évora perdeu as ligações com os territórios rurais como teve no passado ao nível do comércio.
3.º Necessidade da Política Regional combater as assimetrias dos Espaços Rurais. Passa pela articulação dos Espaços Rurais com a Rede Urbana. Dotar os Espaços Rurais com novas Redes de Comunicação (por exemplo: Banda Larga).
4.º Dinamização do sistema regional de Conhecimento. Promoção de Serviços avançados de apoio à Actividade Empresarial.
5.º Estimular o potencial empresarial que existe em cada região. É necessário que os empresários façam o upgrade (actualização) das suas competências. Confiança inter-institucional pode melhorar a Produtividade e desenvolver os Territórios.
6.º Necessidade de reforçar a Capacidade Organizativa dos Territórios (por exemplo: Gabinetes de Aconselhamento ao Empresário: fazer aconselhamento técnico, que tipo de apoios existem para determinado projecto, apoio à participação em Feiras Nacionais e Internacionais.
Estas são as condições prévias ao Planeamento, mas essencialmente é necessário haver quem estabeleça a conectividade a 3 níveis: Territorial; Sistema de Conhecimento (Inovação) e Interacção (Conectividade) dos Actores no processo de Desenvolvimento Rural.
Aqui quase sempre a "porca torce o rabo" porque a inter-relação entre o território, a inovação e os actores não acontece e isso destrói qualquer sistema à escala local e/ou regional.