As Associações de Jovens têm uma forte importância no desenvolvimento do distrito de Évora. Graças a estas é possível uma maior participação dos jovens em actividades desportivas, culturais e recreativas. Cada vez está mais provado que é necessário envolver as pessoas nas fases de diagnóstico, planeamento, execução e avaliação. No Alentejo temos poucas crianças, muitos velhos e um número assinalável de jovens que gostam da sua terra e querem evitar migrar para outros lugares.
O Presidente da República encomendou um Estudo sobre os “Jovens e a Política”.
Em 2006 encontravam-se inscritas no Registo Nacional das Associações Juvenis (R.N.A.J.) 32 associações de jovens distribuídas por 10 concelhos. Évora tem 18 associações inscritas no R.N.A.J.; Vila Viçosa 5; todos os outros concelhos têm apenas 1 associação inscrita com excepção de Mora e Arraiolos que não têm qualquer associação inscrita no R.N.A.J.
As áreas de intervenção das associações juvenis são essencialmente a cultural com 29 associações a cumprir esse papel; a recreativa com 19 associações; a formação com 16 associações; o desporto com 14; a informação 12; intercâmbio 9; apenas 2 intervêm na questão ambiental.
O conjunto daquelas 32 associações envolve 7.229 associados dos quais 5.730 são jovens com idade inferior a 30 anos. Predomina o género masculino em 57%
No concelho de Évora há 3.215 associados, em Viana do Alentejo 105 e em Mourão 52.
Apenas Évora e Viana do Alentejo têm mais elementos do sexo feminino do que do sexo masculino entre os seus associados. Porém, em Évora mesmo havendo mais associadas do que associados, apenas 45% do sexo feminino fazem parte da direcção.
Também as Associações de Jovens estão mais velhas. Os membros do sexo feminino nos órgãos executivos com mais de 30 anos são 54 e com menos de 30 anos são 45. Já no que diz respeito ao sexo feminino 93 membros dos órgãos executivos têm mais de 30 anos, apenas 74 têm menos de 30 anos. A presidência destas associações é assumida maioritariamente pelo sexo masculino (23 do sexo masculino e 9 do sexo feminino).
O mais importante é o Instituto Português da Juventude (I.P.J.), os Municípios, as Juntas de Freguesia, os Agrupamento de Escolas, as P.M.E.'s locais dêem realmente apoios às associações e grupos informais de jovens para aquisição de meios para a dinamização de actividades interessantes na óptica dos jovens.
Os jovens são irreverentes, dinâmicos e tolerantes, mas o mundo real é cheio de cinzento, injusto e selvagem. Como podemos nós comunidades e sociedade estabelecer bem esta ponte entre duas margens tão díspares?
As preocupações dos jovens relacionam-se com o emprego, com a educação, a habitação, família e segurança. Apesar de muitos jovens guiarem-se por valores pós-modernos, como a preocupação ambiental, a igualdade de oportunidades, a imigração, com a tecnologia presente quase em tudo no seu quotidiano, eles continuam a preocupar-se com causas comuns aos outros grupos etários.
Na vida em comunidade os jovens são capazes, basta dar-lhes uma oportunidade.
Os eleitos locais devem realmente apoiar os jovens, não só com palavras mas com actos, é fundamental haver colaboração, mas também é importante não tentar instrumentalizar estes jovens. Em Aguiar há um
Grupo de Jovens a dar os primeiros passos, provavelmente vão deparar-se com desafios e barreiras, talvez até onde as não achavam possíveis. Mas têm o apoio daqueles que tal como eu, apoiam e têm vontade de ver as aldeias, vilas e cidades do Alentejo cheias de vitalidade e animação.