“Isto significa que este montante vai agora ser convertido em 129 mil euros de produtos alimentares”, disse Isabel Jonet.
De acordo com a responsável, os produtos alimentares escolhidos são o leite, o atum e as salsichas, indo haver agora lugar a concursos de aquisição daqueles alimentos.
“É muito para lá daquilo que eu podia alguma vez prever”, admitiu a presidente da Federação de Bancos Alimentares.
Dados estatísticos dos Bancos Alimentares revelam que o volume recolhido de papel foi crescendo mês a mês, com 115.038 quilos conseguidos em Janeiro, 177.592 quilos em Fevereiro ou 272.650 quilos em Março.
Já em Abril, o valor total de quilos de papel cresceu 225% comparativamente ao mês anterior, atingindo os 886.193 quilos e, em maio, mais 45%, chegando aos 1.291.368 quilos.
Do total do BA, o que mais conseguiu recolher papel foi o de Lisboa, que, só no último mês, recebeu quase 107 mil quilos.
Na opinião de Isabel Jonet, uma das principais vantagens desta campanha foi o estreitamento de relações de solidariedade locais, já que muitas empresas iam directamente levar o papel às Instituições Particulares de Solidariedade Social (IPSS) da sua zona.
“O que se fez foi levar pessoas à instituição e, muitas vezes, as pessoas passaram a ter conhecimento até daquilo que se fazia na instituição e puderam levar também outro tipo de apoios, como roupa, por exemplo. O que se fez foi suscitar uma melhor interacção entre as necessidades mais locais”, sublinhou.
A campanha “Papel por Alimentos” arrancou a 23 de Dezembro com o objectivo de angariar papel que depois fosse reciclado e permitisse uma receita em dinheiro, já que a empresa de reciclagem Quima paga cem euros por cada tonelada de papel angariado.
visto no jornal Público.