Azáfama; grande atividade; agitação; rebuliço.

14
Jan 12
capa

 

Este livro é uma reflexão sobre a autonomia da pessoa portadora de deficiência física e as suas limitações, e pretende mostrar que apesar dessas limitações, a pessoa deficiente física pode ser autónoma e reunir condições para usufruir de uma boa saúde mental. A relevância deste livro é mais enriquecedora através dos três testemunhos que descrevem na primeira pessoa o que sentiram e sentem em relação à sua maneira condicionada de estar na vida, pela coragem de se exporem no reconhecimento de outros deficientes motores, e que passo a apresentar:

 

- A Ana nasceu com espinha bífida e quando a conheci, no Outono de 2010, doente no centro de saúde, apresentou-me ao esposo e mostrou-me o enorme desejo de engravidar! E o que parecia impossível acabou por acontecer! A sua tenacidade e coragem permitiram que pudesse fazer nascer uma menina linda e saudável, para cuidar e reforçar a sua felicidade.

- O Francisco foi um lutador que sofreu um acidente de viação de motorizada quando tinha vinte anos de idade, tendo ficado paraplégico. Veio a falecer com 40 e depois de muita coragem, luta e sofrimento. De salientar o facto de que o seu testemunho está exactamente descrito com as mesmas palavras que escreveu nas folhas de papel que me deu e pediu que as divulgasse, já bastante doente, pouco antes de falecer!

- O Rui “um gajo maluco” como o define Isabel quando escreveu a sua biografia em Junho de 2010, que depois de voar pelo mundo ficou paraplégico devido a uma queda do pára-quedas! Actualmente, demonstra a sua coragem como instrutor de paraquedismo, dedica-se à fotografia, com trabalhos para famosos, é completamente autónomo, conduz a sua “bomba”, vive sozinho por opção e luta diariamente “por aquilo a que tem direito”. De ser feliz!

 

Termino a apresentação deste livro com as palavras do meu colega e amigo Hélder Marques que escreveu o prefácio “…As vidas aqui contadas, da Ana, do Francisco e do Rui, são um exemplo de luta pela aquisição de condições de acesso ao espaço comum da vida na sociedade. De sofrimento, mas também de vitórias, como acontece com qualquer pessoa, porque eles são como qualquer pessoa, especiais e únicos. “

 

Celeste Gomes

 

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publicado por polvorosa às 10:48
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