Azáfama; grande atividade; agitação; rebuliço.

19
Mai 10

Estranho país este. Casamento entre pessoas do mesmo sexo é aprovado, Portugal torna-se o 8.º país no mundo com esta prática, mas estupidamente não aceita que a professora das A.E.C. em Mirandela tire as roupas para fazer umas fotografias sensuais.

Estranho país este que não tem dinheiro para mandar cantar um cego, mas continua a gastar milhões superfluamente em dirigentes de topo de empresas públicas e investimentos duvidosos em vez de apoiar os mais fracos como os desempregados ou pobres e uma classe média a perder poder de compra.

Estranho país este que para receber durante umas horas o Papa, investe milhões e milhões quando este visita as cidades de Lisboa e Porto, mas para o interior do país investe pouquíssimo e cada vez há menos oportunidades para as pessoas e lugares do interior.

Estranho país este que se une e festeja noites e dias seguidos a vitória do Benfica, mas não acompanha filhos na educação e idosos na velhice, chegando ao ponto da Segurança Social dar dinheiro para outros casais adoptarem idosos a troco de umas massas.

Estranho país este onde os sindicatos defendem com unhas e dentes os privilégios daquelas classes corporativas com beneficíos e privilégios abundantes e esquece completamente os jovens onde a taxa de desemprego já vai nos 22%.

Estranho país este em que um ex-autarca é apeado do poder pelo povo, não assume o seu mandato de vereador na oposição, pede continuamente suspensão de mandato e não apresenta justificação, diz que só estava em 1.º lugar na lista da CDU para fazer número, acha que fez muitas obras em 16 anos e pensa que somos todos parvinhos.

Por estes dias de Fado, Futebol e Fátima, somos mesmo um país a duas velocidades, como um pássaro armadilhado, em que uma das asas voa bem enquanto a outra está aleijada, à beira de uma queda abrupta.

publicado por polvorosa às 17:47
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