Azáfama; grande atividade; agitação; rebuliço.

21
Mar 11

Quarenta mulheres morrem anualmente vítimas de violência doméstica, números que devem "envergonhar e afligir" a sociedade, que mostram que ainda há um longo caminho a percorrer, segundo a secretária de Estado da Igualdade. Na abertura da Sessão de sensibilização sobre Violência Doméstica, no âmbito do IV Plano Nacional Contra a Violência Doméstica (2011/2013), que hoje decorre no Campus de Justiça, Elza Pais destacou a necessidade de se aplicar mais e melhor as leis vigentes e usar os mecanismos que estão ao dispor das vítimas e dos agressores, como a vigilância eletrónica e a teleassistência. "Espero que esta iniciativa dê um grande impulso na aplicação das medidas de teleassistência e vigilância eletrónica", disse Elza pais, lembrando que durante um ano foram aplicadas "apenas" 46 pulseiras a agressores e que, em média, morrem 40 pessoas por ano vítimas de violência doméstica.

 

Questionada sobre se a actual crise financeira pode potenciar mais crimes deste género, a secretária de Estado não quis fazer essa relação. Contudo, apesar da crise não ser a causa do fenómeno da violência doméstica, admitiu que a "pode agravar". "A crise de facto é um momento difícil, mas às vezes as crises também são oportunidades para despertar para novas consciências de respeito de valores para com o outro, onde o fator cifrão não domina o controlo da vida", afirmou. A sessão contou com a presença do Procurador-geral da República que destacou a coragem das vítimas em dirigir-se às autoridades, apesar de os números ainda indicarem que apenas uma em cada cinco vítimas denuncia o crime.

 

Visto em http://www.dn.pt

publicado por polvorosa às 21:58
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08
Mar 10

 

Hoje comemora-se o Dia da Mulher algumas considerações. Em termos estatísticos alguns dados: as mulheres sofrem mais violência doméstica, há demasiada violência no namoro, as mulheres são traficadas para fins sexuais, as grávidas e recém mamãs são discriminalizadas, as mulheres ganham menos do que os homens, as mulheres estão menos nos conselhos de administração das empresas, as mulheres são menos na política, as mulheres ganham menos salário do que os homens para exercer as mesmas funções, as mulheres fazem mais trabalhos domésticos, as mulheres têm mais dificuldade em conciliar a vida profissional com a vida familiar.

 

É incrivelmente absurdo como durante 364 dias as mulheres estão à margem, depois num diazito apaga-se tudo, oferece-se umas flores, umas bebidas, uns passeios, uma folga, para esquecer as mazelas dos outros dias. Algumas melhorias verificaram-se nos últimos anos, mas de uma maneira geral as mulheres ainda são vítimas da sua condição. Contudo, não sou daqueles que alinham no discurso da pobrezinha da mulher e do mauzão do homem, pelo contrário, as generalizações mormente são abusivas, não podemos confundir a árvore com a floresta, o feminismo é exactamente o oposto de machismo, acho que nenhum destes ismos faz qualquer sentido na modernidade.

 

Igualdade de oportunidades é isso mesmo, dar igualdade de oportunidades a pensar, agir e sentir a homens e mulheres, mas não podemos cometer o erro de tratar igual o que é diferente. Empresas, Famílias e Estado ainda têm um longo caminho a percorrer para que exista uma verdadeira igualdade no nosso país de modo a aproximar-se da referências nestas práticas que são os países nórdicos.

As organizações podem começar pelo recrutamento e selecção de pessoal, aprendizagem ao longo da vida, remunerações e gestão da carreira, diálogo social e participação de trabalhadores e trabalhalhadorase organizações representativas, dever de respeito pela dignidade de mulheres e de homens no local de trabalho, linguagem inclusiva, conciliação entre a vida profissional, familiar e pessoal, beneficios directos a trabalhadores e trabalhadoras, beneficios directos aos familiares dos trabalhadores e das trabalhadoras, protecção na maternidade e paternidade e assistência à família.

A primeira linha da frente são as famílias através da educação para a cidadania. Ao Estado cabe regular e fiscalizar a aplicação das leis.   

 

Aproveito para dar os parabéns às mulheres pelo dia de hoje, já agora também aos homens pelos outros 364. 

publicado por polvorosa às 14:20

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