Azáfama; grande atividade; agitação; rebuliço.

27
Dez 13
publicado por polvorosa às 19:56
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14
Dez 11

O número de inscritos no IEFP aumentou 6,7% em novembro face a período homólogo do ano anterior. 

 

O número de desempregados inscritos nos centros de emprego em novembro subiu 6,7% face ao mesmo mês de 2010 e 2,9% face a outubro, indicam os dados do Instituto do Emprego e Formação Profissional.

De acordo com os dados do IEFP a que a Agência Lusa teve acesso, os 583.420 desempregados inscritos representavam 84,6%  dos 689.844 pedidos de emprego nesse mês, o que representa uma subida de 36.494 desempregados face a novembro do ano passado e mais 16.170 de outubro para novembro deste ano.

O aumento do desemprego afetou mais os homens que as mulheres, comparando com novembro do ano passado (aumentos de 9,9 e 3,9%, respetivamente), e mais os jovens que os adultos (subidas de 10,5 e 6,1%, respetivamente).

Olhando para os números do IEFP, constata-se que 61,1% dos inscritos nos centros de emprego no mês passado andam à procura de um emprego há menos de um ano, enquanto quase 40% não têm trabalho há mais de 12 meses. Este grupo, aliás, não aumentou, tendo-se verificado uma subida apenas na situação de curta duração, com um incremento de 12,2% face ao período homólogo do ano passado.

Desemprego aumento nos maiores níveis de escolaridade

Por outro lado, constata-se que é nos níveis de escolaridade mais elevados (secundário e superior) que o desemprego mais aumentou, com subidas de 16,2 e 21,4%, respetivamente).

Numa perspetiva regional, o IEFP sublinha que "o desemprego aumentou em todas as regiões do país" e particulariza que, apesar de as maiores subidas terem sido registadas nas regiões autónomas (com a Madeira a liderar, ao ter uma subida de 48,8% no fluxo de desempregados), é no Algarve que o desemprego mais subiu: 20,8%.

Comparando os números de novembro do ano passado com os de novembro deste ano, constata-se que "o aumento do desemprego teve especial relevância nos 'docentes do ensino secundário, superior e profissões similares' e nos 'profissionais de nível intermédio do ensino' com, respetivamente, mais 105,6% e mais 33,7%", afirma o IEFP.

Os números negativos, no entanto, não se ficam por aqui: a oferta de emprego também desceu em novembro, havendo 9.242 ofertas de trabalho, o que representa uma descida de 45% face ao mesmo mês de 2010 e uma redução de 15,4 % face a outubro deste ano.

As novas ofertas também mantiveram a tendência, tendo sido recebidas nos centros "6.711 ofertas de emprego, número inferior em 23,2% quando comparado com o de novembro de 2010, e em 9,1% quanto comparado com o do mês anterior", conclui o IEFP.

 

Visto no Semanário Expresso.

publicado por polvorosa às 23:26

24
Nov 11
A agência de notação financeira cortou o "rating" de Portugal em um nível, colocando-o num patamar considerado "lixo". As perspectivas continuam a ser "negativas".

A agência de notação financeira cortou o “rating” de Portugal em um nível, colocando-o num patamar considerado “lixo”. As perspectivas continuam a ser “negativas”.

“A Fitch concluiu a sua revisão do quarto trimestre da dívida soberana de Portugal. Os grandes desequilíbrios orçamentais, o elevado endividamento em todos os sectores e as previsões macroeconómicas adversas significam que o perfil de crédito soberano já não é consistente com um ‘rating’ de elevada qualidade de investimento”, revela a agência de informação numa nota hoje publicada.

Assim, a Fitch decidiu colocar a notação financeira do País em “BB+” de “BBB-”. Uma descida de um nível, mas que coloca o “rating” de Portugal num patamar considerado de “lixo”, ou seja, de investimento especulativo.

O “outlook” foi mantido em “negativo”, o que significa que poderá haver nova revisão em baixa do “rating” da dívida. Contudo, a agência decidiu retirar o rating de “revisão com implicações negativas”, onde se encontrava desde Abril de 2011. O que significa que não deverão ocorrer novas revisões no curto prazo (três meses).

Assim, a Fitch decidiu colocar a notação financeira do País em “BB+” de “BBB-”. Uma descida de um nível, mas que coloca o “rating” de Portugal num patamar considerado de “lixo”, ou seja, de qualidade de investimento especulativa.

O “outlook” foi mantido em “negativo”, o que significa que poderá haver nova revisão do “rating” da dívida. Contudo, a agência decidiu retirar o rating de “revisão com implicações negativas”, onde se encontrava desde Abril de 2011. O que significa que não deverão ocorrer novas revisões no curto prazo (três meses).

A agência de notação financeira considera que o Orçamento do Estado para 2012 está “bem desenhado” e confia na capacidade de Portugal atingir as metas acordadas com a troika, mas estima que será necessária mais austeridade no próximo ano, devido à envolvente externa, não conseguir atingir as metas da troika.

A Fitch junta-se assim à Moody’s, que a 15 de Julho, colocou o “rating” de Portugal em “Ba2”, o que corresponde a um nível de “lixo”, mantendo igualmente a perspectiva “negativa”.

E no último mês têm sido várias as casas de investimento a reverem o “rating” de Portugal. Hoje foi a agência chinesa Dagong Global Credit Rating que cortou o "rating" da dívida portuguesa para "BB+", o que reflecte uma qualidade de investimento "média-baixa", com a notação a ficar sob vigilância de pendor negativo.

No dia 19 de Outubro, a agência canadiana DBRS também cortou o “rating” da dívida de longo prazo de Portugal, de ‘BBB (alto) para ‘BBB’. A descida da notação para um nível acima de lixo é justificada pela perspectiva de que os riscos da consolidação orçamental aumentaram. As perspectivas mantêm-se "negativas".

Também em Outubro, a S&P emitiu uma nota de análise, onde manteve a notação de crédito em “BBB-”, um patamar acima da categoria de “lixo”. Na altura, a S&P justificou a manutenção do “rating” com o compromisso demonstrado pelo Governo com o cumprimento das metas de redução do défice orçamental prometidas à comunidade internacional, no quadro do programa de assistência financeira de 78 mil milhões de euros.

 

Visto em Jornal de Negócios.

publicado por polvorosa às 13:57
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31
Ago 11
A Comissão Europeia confirmou hoje “deslizes” nas contas públicas da Madeira na ordem dos 500 milhões de euros, que agravam o défice português em 0,3 por cento do PIB, e reclamou uma melhor monitorização para prevenir novas derrapagens.
 
Em declarações à Lusa, o porta-voz da Comissão responsável pelos Assuntos Económicos e Monetários, Amadeu Altafaj Tardio, confirmou a notícia hoje veiculada pelo Diário de Notícias sobre a “duplicação” de dívidas e despesas do Governo Regional, inicialmente estimada em 223 milhões de euros, na avaliação da troika de meados de Agosto, mas que afinal atingem os 500 milhões.

O porta-voz apontou que os deslizes se devem a “dívidas de uma empresa do Governo Regional com problemas financeiros” (Estradas da Madeira) e a “um acordo abortado de Parceria Público-Privada” (PPP).

Segundo a Comissão, “estes deslizes exigem uma monitorização e gestão eficientes” por parte das autoridades regionais mas também locais, dada a necessidade de “conter riscos orçamentais, ao mesmo tempo que se procura melhorar as perspectivas de competitividade e crescimento, para toda a República Portuguesa”.

O porta-voz remeteu quaisquer outros detalhes sobre a questão para a revisão do programa de ajustamento que será realizada na segunda quinzena de Setembro.
 
Notícia vista no sítio do Público.
publicado por polvorosa às 14:51

01
Mai 11

 

Hipermercados do grupo Continente e Pingo Doce abertos no 1.º de Maio.

 

Pingo Doce vai remunerar os trabalhadores que se apresentem ao serviço neste Dia do Trabalhador em 200 por cento.

 

O Sindicato do Comércio, Escritórios e Serviços de Portugal congratulou-se com a decisão das restantes empresas da grande distribuição (Auchan, El Corte Inglês, Lidl, Aldi, Dia/Minipreço, Ikea, Supercor, Office Center, Izi, Alisuper, Leroy Merlin) por "respeitarem os trabalhadores e o simbolismo extraordinário do 1.º de Maio".

 

Ler aqui mais informações.

publicado por polvorosa às 13:27
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07
Abr 11

 

Com o pedido de ajuda externa de Portugal ao Fundo Europeu de Estabilidade Financeira (FEEF) e FMI, a vida vai ser bem mais difícil do que estamos habituados. O Governo não foi capaz de prever o devastador impacto da crise, chegou mesmo a anunciar o fim desta pelo Ministro Pinho quando sabemos agora que mal tinha começado, se os partidos tivessem discutido e aprovado o PEC, se na altura o Presidente da República tivesse sido factor de união e não de guerrilha política iniciada logo no dia de tomada de posse, não tinha havido a crise política e os juros da dívida pública não tinham alcançado os valores pornográficos dos últimos dias com a conspiração das predadoras agências de notação financeira, os bancos não tinham ficado sem liquidez como ficaram.

 

Mas o mal está feito agora o importante é o povo unir-se, tentar promover-se o consenso nacional possível, criar uma rede de solidariedade social aos mais desprotegidos como os idosos e os desempregados. Mas isto agora vai doer, para aqueles que fazem greve por tudo e por nada, que reclamam contra qualquer coisa que toque nos "direitos adquiridos" o que aí vem é uma tempestade perfeita, provavelmente com cortes de salários, subsídios de férias vão à vida, as reformas e pensões congeladas, despedimentos na função pública, abrandamento abrupto do investimento público, aumento dos impostos, privatização de empresas e serviços, e sabe-se lá mais o quê.

 

A questão que importa colocar é se isto valerá a pena, na Irlanda e na Grécia, as medidas draconianas não estão a sortir os efeitos desejados, as economias não passam da recessão, os juros das dívidas continuam muito altos, o desemprego acentua-se, o problema nestes países não tem solução à vista. A Europa está à beira do abismo e teima em dar passos em frente, este modelo de austeridade não tem futuro, a economia está a ser fortemente penalizada e os cidadãos estão a ter custos muito altos nas suas vidas. Constata-se que a Europa vai completamente a reboque da Alemanha, o desastre seguir-se-á em outros países europeus como um baralho de cartas. Sem um modelo de desenvolvimento sustentável, com incentivos às empresas e valorização da economia real, com preocupações ambientais e causas sociais, o projecto político e económico europeu vai atingir o colapso e originar crises sem precedentes que colocam em causa a própria paz neste continente.           

 

 

publicado por polvorosa às 13:27

31
Ago 10

Para a Inspecção das Autarquias, quem fizer promoções sem aplicar o SIADAP está a cometer um crime

Promoções ilegais de funcionários podem custar mandato a autarcasA Inspecção-Geral da Administração Local (DGAL) decidiu apertar a vigilância aos presidentes de câmara e de juntas de freguesia que promoveram ou tentaram promover os seus funcionários sem terem aplicado integralmente o sistema de avaliação da função pública (SIADAP).

As orientações dadas aos inspectores são claras: os autarcas que atribuíram prémios ou progressões nestas condições podem ser acusados do crime de peculato e perder o mandato.

Os funcionários envolvidos, e que acabaram por ter um aumento dos respectivos vencimentos, também não ficarão impunes e serão obrigados a devolver o dinheiro recebido.

O problema foi detectado durante a inspecção a uma autarquia, o que levou o responsável da DGAL, Orlando Nascimento, a enviar um comunicado a todos os inspectores, alertando que os autarcas que façam progressões gestionárias sem aplicarem o SIADAP correm o risco de perder o mandato por crime de peculato, já que se trata de "um aproveitamento de dinheiros públicos a favor de pessoas que não têm direito a recebê-los".

Numa circular interna, o inspector-geral alerta que o SIADAP "deve ser aplicado em bloco, não sendo admissível aos senhores presidentes das câmaras municipais que dele escolham as normas que lhes aprouver aplicar, esquecendo as restantes". Além disso, acrescenta, essa atribuição não pode escudar-se na "desculpa" de que os trabalhadores não devem ser prejudicados pela inacção do município.

O número de câmaras onde isso aconteceu não é divulgado nem pelo Governo nem pelos sindicatos, mas fonte oficial da secretária de Estado da Administração Local garantiu ao PÚBLICO que surgiram "vários pedidos de esclarecimento, a par da acção inspectiva da IGAL", o que levou a que "alguns presidentes de câmara recuassem no propósito de promoverem a alteração da posição remuneratória de funcionários, por opção gestionária, sem aplicação do regime legal do SIADAP".

Desde 2006, está em vigor um diploma que adapta o SIADAP à realidade autárquica e que foi revisto em Outubro de 2009. Pelo meio, entrou em vigor a Lei dos Vínculos Carreiras e Remunerações, que cria duas vias para os funcionários públicos progredirem na carreira. Uma obrigatória - que ocorre sempre que os funcionários juntarem dez pontos na avaliação - e outra gestionária - que depende das notas obtidas em cada ano, das disponibilidades orçamentais e da decisão dos dirigentes dos serviços (que nas autarquias é o presidente da câmara ou da junta).

Para a IGAL, esta segunda hipótese só pode ser aplicada nas câmaras que avaliaram os funcionários à luz das regras do SIADAP. Caso não tenham aplicado este sistema de avaliação não podem fazê-lo. Nos sindicatos, a interpretação é outra. Para o Sindicato dos Trabalhadores da Administração Pública (Sintap) "o trabalhador não deve ser penalizado e ter que aguentar ainda mais tempo sem poder mudar de posição remuneratória". O dirigente José Abraão lembra que a própria Lei dos Vínculos prevê que quando os trabalhadores não foram avaliados entre 2004 e 2006 recebem um ponto por cada ano para efeitos de progressão na carreira. "Tudo isto é feito à luz das normas legais", justifica.

Mas não é só nas autarquias que a aplicação do SIADAP tem suscitado problemas. Cerca de três mil trabalhadores dos impostos ameaçam processar o director-geral por este ter revogado a contagem de pontos da avaliação de desempenho dos últimos três anos e que lhes permitiria progredir na carreira já este ano.

José Azevedo Pereira fez isto depois de ter recebido indicações da Direcção-Geral da Administração e do Emprego Público para aplicar quotas na distribuição desses pontos, o que reduz o universo de funcionários com progressão.

publicado por polvorosa às 23:48
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01
Jan 10

Depois de desejar um Bom Ano Novo a todos(as), gostaria de lembrar que em 2010 se assinala o Ano Europeu contra a Pobreza e Exclusão. Em Novembro de 2009, os serviços do IEFP registaram 233 pedidos de emprego de cidadãos residentes no concelho de Viana do Alentejo, estatisticas oficiais fora aqueles que não se deslocam aos serviços, fora aqueles que perderam o direito ao subsídio de desemprego, excluindo aqueles que não têm sequer conhecimento deste procedimento administrativo. Muitos destes pedidos foram feitos por mulheres.

 

O que mais me impressiona é a quantidade elevada de pedidos feitos por desempregado(a)s com menos de 25 anos, 60 jovens vêm o futuro incerto, famílias adiadas, nascimentos ad eternum, projectos profissionais e pessoais muito nebulados. Outro dado preocupante tem a ver com os motivos de inscrição no IEFP, um número assinalável de desempregados ficaram nestas condições devido à precariedade laboral,  nestes casos o fim de trabalho não permanente é uma machadada fatal na vida destes cidadãos. 

 

No pequeno inquérito que esteve neste blog a principal prioridade escolhida para 2010  foi exactamente o Desenvolvimento Económico, também estou de acordo. Penso que neste ano decisivo as políticas nacionais e locais devem estar orientadas neste sentido.

Julgo existir um sinal positivo com a entrada do concelho de Viana do Alentejo na Turismo do Alentejo, Entidade Regional de Turismo, IP.

Com esta adesão, que peca por tardia, espero que se possa apoiar os agentes económicos ligados ao turismo, ao nível da restauração, alojamento, animação e outros. Espero ainda que seja criado um circuito turístico integrador de todos os pontos de interesse das freguesias, com especial relevo para a monumentalidade dos  centros históricos e para os eventos das três freguesias.   

publicado por polvorosa às 18:36

29
Out 09

A Delphi vai fechar a fábrica de Ponte de Sôr. Vão ficar despedidos 430 trabalhadores. Cada vez mais os problemas acrescidos com o fecho de empresas multinacionais afecta as famílias portuguesas. Combater o drama do desemprego deve ser actualmente a prioridade de todas as políticas europeias, nacionais, regionais e locais. O desemprego é uma das principais causas de exclusão social em Portugal. Oxalá o município de Ponte de Sôr consiga minimizar os impactos e se avance para soluções alternativas criadoras de postos de trabalho naquele concelho.

 

A recente Portaria 985/2009 de 4 de Setembro veio criar o Programa de Apoio ao Empreendedorismo e à Criação do Próprio Emprego, mas não podemos ficar dependentes de legislação, é necessário as políticas públicas de educação e económicas deixarem as burocracias de lado e iniciarem um verdadeiro trabalho com pessoas no sentido de criar novos empreendedores, gente que arrisque em negócios tendo em vista a criação de mais empresas e riqueza, só assim podemos sair da crise. Claro que o apoio do investimento público é fundamental, mas sem empresas, investimento privado e empreendedores dos tempos modernos, não conseguiremos sair da cepa torta.

publicado por polvorosa às 13:37
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25
Jul 09

Conforme noticia o Público, o Primeiro-Ministro vem amanhã a Évora lançar a primeira pedra do centro de excelência da Embraer.

 

À exactamente um ano escrevi aqui acerca do negócio com a Embraer o seguinte " Aguiar devido à sua proximidade com o aeródromo e futuras instalações da Embraer pode vir a beneficiar, a pergunta é qual a estratégia de desenvolvimento? Em termos de habitação haverá impacto na revisão do P.D.M. de Viana do Alentejo? Na rede de transportes públicos? E no sector da restauração e serviços? Algum equipamento ou espaço de interpretação/educação aeronáutica? Se nada for feito nesse sentido, continuamos na mesma, a ver aviões passar no ar."

 

Passou-se um ano, será que  Aguiar e Viana do Alentejo vão realmente beneficiar deste investimento? Até agora nada foi feito pelo executivo local nesse sentido.  

publicado por polvorosa às 17:35
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20
Jan 09

De um Presidente de Município não se espera apenas um discurso vago e vazio de conteúdo, espera-se sim possuir uma estratégia clara e inequívoca de desenvolvimento para melhorar a qualidade de vida dos seus munícipes e num momento complicado dar confiança às pessoas, não me interessa nada o seu choradinho. O mandato desta equipa no Município está ferido de morte.

Nos próximos dias vou identificar os 7 pecados capitais desta administração liderada pelo Sr. Estevão Pereira. Hoje é o Desemprego.

 

Primeiro pecado capital. O Desemprego. Não conseguiu atrair investimento externo. Não consegue fixar empresas. Não tem políticas de atracção de mão-de-obra jovem nem de população imigrante. Não há uma significativa baixa de impostos para as empresas. O Gabinete de Apoio ao Desenvolvimento Económico não funciona. O Programa Finicia (FAME) não trabalha em proximidade com empresários, não consegue apoiar ninguém. Não há cursos de formação profissional para os trabalhadores. Não há estímulo ao empreendedorismo na juventude. Não há apoio a uma marca de qualidade concelhia. Não há uma campanha de divulgação do concelho para potenciais investidores. Não há uma aposta estratégia de  promoção de um único produto local. A cooperação/internacionalização com outras regiões internacionais é zero. O artesanato não está a ser rentabilizado como merecia. Alguém conhece no concelho alguma start-up ou ninho de empresas para apoiar os empresários locais? Não. Apoios à agricultura, por exemplo, apoiar pequenos produtores através da venda de cabazes agrícolas não existem. Estão identificados e apoiados os principais produtos de qualidade que servem como marca própria e são consideradas apostas estratégicas do concelho? Longe vai o tempo dos chocalhos nas Alcáçovas e da olaria em Viana, actualmente qual é o produto/bem prioritário defendido pelos responsáveis políticos? Ignoramos. Não há estratégia de complemento entre gastronomia, alojamento, património e cultura como forma de promover o turismo. O turismo religioso num concelho com potencialidades obvias tem estado a ser apoiado como poderia ser? Claro que não. Metade da economia em Aguiar é composta por cafés, tasquinhas e tabernas, qual é o evento agregador desta oportunidade local? Alguém me consegue dizer onde é a prometida Zona Industrial em Aguiar? Os responsáveis políticos preocuparam-se seriamente em desenvolver o tecido empresarial da zona industrial de Alcáçovas? Não me parece. O que se está a fazer para as empresas localizadas no concelho beneficiarem do QREN? Sessões de divulgação, sensibilização, informação...

 

Evidentemente o Primeiro Ministro Sócrates tem culpas no cartório, especialmente em termos de política macro-económica nacional, mas todas estas medidas que destaquei são falhas da actual equipa autárquica liderada pelo Sr. Estevão Pereira, é uma questão de escolhas políticas, de prioridades económicas e aí há erros crassos na gestão local da coisa pública.

Falha redonda da Câmara no apoio ao sector privado gerador de riqueza e de postos de trabalho e uma fuga em frente no sector do investimento público porque alicerçada em maus diagnósticos e sem envolver a população na tomada de decisão, ao ritmo do calendário eleitoral.

publicado por polvorosa às 13:05

11
Dez 08

 

Ceia da Silva foi eleito por 91,6% dos votos Presidente da Turismo do Alentejo, Entidade Regional de Turismo. As regiões de Turismo do Alto, Baixo, Centro e Litoral Alentejo foram extintas, a partir de agora, haverá somente a Turismo do Alentejo, E.R.T. A sede vai ficar em Beja, vai ter um Pólo em Reguengos de Monsaraz e outro em Grândola. Fiquei satisfeito por saber que todos os municípios, independentemente da sua cor política, vão apoiar esta nova entidade com uma missão clara apesar dos desafios da crise económica afectarem também o turismo. Uma das primeiras medidas vai ser a criação de um Observatório do Turismo com a Universidade de Évora e politécnicos de Beja e Portalegre. 

 

Este agrupamento na Entidade Regional de Turismo, parece fazer sentido, a ideia é vender a Marca Alentejo de uma maneira global para poder competir num exigente mercado internacional. Grandes alterações o Alentejo está actualmente a atravessar, vejamos o Grande Lago do Alqueva, o Aeroporto de Beja, os empreendimentos turísticos na costa alentejana e a criação de uma paragem do TGV perto de Évora são factores que permitem encarar o turismo com um outro olhar e uma maior ambição.

Para vender o produto turístico, considero fundamental uma série de pressupostos. O primeiro tem a ver com a necessidade de envolver a população local na estratégia de desenvolvimento para o sector do turismo. Em segundo, a valorização do património cultural, ambiental e edificado. Em terceiro, a ligação entre os sectores de actividade, a gastronomia, a natureza, a restauração, o alojamento, as actividades de animação turística, os transportes, os museus e outro património. Em quarto, o papel das novas tecnologias como instrumento para divulgar produtos, captar mercado e demonstrar de forma inovadora todas as mais valias associadas as produtos turísticos. E finalmente, a necessidade de maior escala entre os serviços, renovação associativa e mudança dos processos onde entra uma estratégia de marketing, comercialização e competitividade mais eficiente do ponto de vista económico para conseguir cotas de mercado internacionais.

 

O Alentejo é uma região riquíssima, com uma diversidade e qualidade de produtos com uma genuinidade enorme. Da fronteira à costa, do norte ao sul, o Alentejo dá cartas. É essencial o Estado cumprir o seu papel de regulador e fiscalizador das actividades económicas do sector, infelizmente, o próprio agente Estado revelou-se incapaz de gerir bem muito do nosso património histórico. Porém, não podemos desistir, devemos dar oportunidade aos agentes privados destes gerar riqueza através da criação de postos de trabalho de modo a conseguir fixar população no Alentejo e a atrair cada vez mais pessoas para nos visitar e quem sabe, talvez ficar.    

publicado por polvorosa às 18:03

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